sábado, 24 de setembro de 2011

her friendship


           Posso ter tido, ou não, várias amizades que trago desde que era pequeno... Mas nenhuma foi tão impactante. A princípio, não lembro qual foi minha primeira impressão dela, mas isso não importa, a imagem que tenho agora é muito mais relevante do que a primeira.  “Ela aparentava ter seus 15 anos, virando 16. Mas como dito, ela só aparentava... Tinha o coração de uma menina, corpo de mulher e a mentalidade dividida entre a infância e a obrigação de amadurecer.”
           Eu presenciei isso durante sete meses, cada declínio, cada insegurança desse coração puro que não quer crescer, assim como o meu... Mesmo antes de começar a falar com ela pude notar essas extremidades. “Eu sempre preferi seu lado infantil, seu sorriso extremamente bobo quando acontece alguma coisa que ela gosta . Sua risada alta que ecoa todos os dias em meu ouvido. E seus milhares de segredos infantis, que a tornam uma menina diferente das outras.”
           Agradeço constantemente a confiança que ela deposita em mim ao compartilhar cada vez mais esses segredos, embora em alguns casos eu não possa ser de grande ajuda. Mas eu tento, ok? Não consigo ver ela triste, não é algo que eu consiga suportar...
           “Seu perfume é de criança, ela ainda escolhe a escova de dente pela cor e ainda usa pasta de dente tandy, sabor morango. Seu quarto é rosa, a roupa de cama é da Barbie, de vez em quando de dinossauros e ela é apaixonada por bichos de pelucia. Essa garota morre de medo de escuro, ama desenho animado...”
           São essas características que conferem à Clara um teor cada vez mais individual. Em um mundo onde cada vez mais temos de enfrentar as dificuldades de amadurecer, ela ainda se encontra no meio termo entre menina e mulher, conseguindo, com seu sorriso inocente e ao mesmo tempo seu caráter de quem já passou por muito, criar uma aura que contagia, pelo menos a mim.
           Como disse, não conheço ela faz muito tempo, mas ela me conquistou, e eu a amo como a uma irmã, parafraseando Gabriel o Pensador: “Não de sangue, mas de coração.” Ela aguentou muitos pitis meus, altas lágrimas (mesmo que sem sentido...), me proporcionou várias conversas, fossem sobre o que ela passou ou sobre o que eu passei... Tivemos nossos momentos de diversão, não foram poucos, e esses ficarão na memória.
           Sim, ela pode ter seus momentos infantis, mas todos temos... E garanto que será uma mulher digna de ficar para a história, não importa que carreira decida seguir. E digo mais, sempre vou apoiá-la, não importa o quão longe estivermos, ela é uma pessoa boa, com um coração de ouro, que infelizmente foi quebrado... Mas isso a gente deixa pra lá.
           Eu, particularmente, não acredito nessas coisas, nem ela, mas é possível que tenhamos sido colocados pra ajudar um ao outro, já que o elo que nos une é tão forte...
           Em suma, a Clara é um anjo, um anjo brincalhão, sorridente, espalhafatoso, alquebrado, mas cativante, esforçada em fazer os que ama sorrirem (embora nem sempre dê certo). Óbvio que não é sempre assim, mas em grande parte do tempo.
           E só por isso, já vale a pena...
por: Érico Moller - melhor amigo do mundo (comediesandtragedies )

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